O metaverso já chegou?
No final do ano passado, em um post pessoal sobre projeções para o futuro, Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft, avaliou que em um período de até três anos realizaremos a maioria de nossas reuniões virtuais no metaverso, ambiente que mistura realidade virtual, realidade aumentada e internet.
Mas, ao que tudo indica, faremos muito mais do que apenas reuniões virtuais nessa nova plataforma lúdica que promete impactar não só a forma como nos relacionamos, mas também como fazemos negócios. E rápido ….
No final de janeiro, a BMW apresentou o SUV elétrico BMW iX de forma virtual no Brasil, através da plataforma de vídeos Twitch. Nela, usando um ambiente gamificado e realidade 3D, a montadora alemã antecipou os recursos visuais, de sustentabilidade e de inovação do SUV elétrico antes mesmo de ele chegar às lojas no ambiente presencial, o que ocorrerá apenas no segundo trimestre deste ano.
Empresas como Nike e Adidas também estão apostando no metaverso. A Nike, por exemplo, adquiriu a Artifact Studios (RTFKT), startup que desenvolve itens digitais baseados em realidade aumentada, e criou a Nikeland, plataforma de interatividade dentro do universo do jogo Roblox. O objetivo, segundo a marca, é permitir que os fãs se conectem, criem e compartilhem experiências. Já a Adidas anunciou seu “Adiverso” na plataforma The Sandbox e uma parceria com três dos maiores nomes do mercado de NFTs (token não fungível).
O fato é que quanto mais os consumidores se familiarizam com o metaverso e os itens armazenados no blockchain, maior será o número de empresas interessados em criar seu próprio ecossistema em torno dele.
Rapidamente conceito do metaverso começa a ganhar corpo e a mostrar que qualquer empresa, inclusive as prestadoras de serviços, podem se beneficiar dele. O ensino remoto, que precisou migrar às pressas para o mundo virtual em razão da pandemia, ganhará novo fôlego com ambientes de ensino em um formato totalmente novo, muito mais interessante e lúdico. Isso vale também para a capacitação profissional.
Seria o fim das restrições geográficas e das limitações do ambiente físico? Pode ser arriscado responder que sim, mas certamente o intenso dinamismo presente neste novo cenário tem energia mais do que suficiente para alterar as rotinas de relacionamentos, sejam eles comerciais ou pessoais.